Todos nós ou pelos menos a maioria sabe aquela velha história de Carnaval. Mas se nunca ouviu falar como e onde surgiu a tradição deste iminente feriado, aqui recapitulamos brevemente.
Centenas de anos atrás, os seguidores da religião católica na Itália começaram uma tradição de realizar um festival com trajes estranhos na véspera do primeiro dia da Quaresma. Como os católicos não deviam comer carne até Pascoa, eles chamaram este festival de Carnevale – que significa “pôr a carne de lado”. À medida que o tempo passava, os carnavais italianos tornaram-se bastante famosos e a tradição espalhou-se para a França, Espanha e outros países da Europa. Com a chegada dos descobrimentos, vários países europeus começaram a tomar o controlo das Américas e de outras partes do mundo, o que eventualmente levou à implementação das suas tradições, inclusive a de comemorar o Carnaval.
Hoje em dia é um festejo, com mais ou menos dedicação ou importância, presente em cada um dos continentes. Mas a finalidade deste artigo não é falar do Carnaval que todos conhecemos, mas sim nas mais interessantes tradições que têm lugar nas celebrações de Carnaval atualmente.
Uma das primeiras e das mais conhecidas celebrações de Carnaval na América do Norte é o Festival de Mardi Gras em Nova Orleães. As duas coisas são tão interligadas que não se consegue imaginar uma sem a outra. Normalmente, os festejos começam duas semanas antes de “terça-feira gorda” e envolvem desfiles de carros decorados onde as pessoas lançam bugigangas em forma de fios de missangas para o público. A ideia original das missangas foi lançada em 1872 pelo rei de Carnaval de Nova Orleães e foi influenciada pela cor das mesmas. Roxo era justiça, dourado era poder e verde era humildade, a ideia era lançar a cor para a pessoa que demonstrasse características de tal significado. Atualmente todos nós sabemos que a quantidade dos fios apanhados não depende bem das características “espirituais”.
Mesmo que seja dos nossos vizinhos, já ouviu falar da tradição de “funeral da sardinha”? Pois a verdade é que um funeral para este peixe não é provavelmente a primeira coisa que vem à mente quando pensa em Carnaval, no entanto, é exatamente o que acontece em vilas e cidades em toda a Espanha. As celebrações deste feriado são o tanto ou mais coloridas como as outras todas, mas é “O Enterro de la Sardina” que marca o fim do Carnaval na quarta feira de cinzas. O “funeral” envolve uma procissão completa com carpideiras vestidas de preto desfilando um modelo de sardinha em caixão pelas ruas antes de ser finalmente incendiado simbolizando o renascimento e regeneração.
Mas entre os povos europeus, são os gregos que têm a tradição mais estranha. A partir de segunda-feira antes de Carnaval, a chamada celebração Burani combina um festival pagão da fertilidade em honra do deus Dioniso com o início do período de jejum ortodoxo grego antes da Páscoa. Com suas raízes na antiguidade, o primeiro registro escrito de Burani data o longínquo 1898. O festival tem enfrentado sua cota de críticas dos governos e da igreja desde início do século 20, chamando-o de uma ofensa contra os padrões morais das pessoas, mas até mesmo proibições do carnaval não impediram as pessoas de comemorem em segredo até 1980, quando o costume foi revisto. Hoje, o carnaval de Tirnavos é o maior da Grécia Central, mas o que exatamente é tão ofensivo sobre Burani? Pois, terá de visitar para saber. Mas temos a dizer que as celebrações envolvem a sopa típica de espinafre e shots de tsipouro, tipo de álcool local, além de muitas danças e trajes engraçados.
E mesmo que seja Carnaval, não mascare os seus problemas. Veja aqui as nossas soluções e aproveite o feriado.
Mantenha-se Eco.
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